Estou na loja, onde trabalho, com
um vestido leve de algodão cru e alpargatas de
fibras naturais. Tiro as alpargatas e
fico descalça. Esfrego os pés no carpete. O pinto duro. Quero dar para ele.
Quero muito dar pra ele. Quero demais. O cartão de K. queima na minha mão. Estou sufocando de tesão. Preciso levar uma rola e
tem de ser agora.
Será a minha primeira vez. Sei que vou perder a virgindade.
Será a minha primeira vez. Sei que vou perder a virgindade.
Levanto. Saio da loja. Invento uma desculpa para o gerente e vou para a rua. Pego um táxi. Dou o endereço do apartamento. O
coração bate forte. Suo frio. Estou agitada, tensa, louca de vontade. A loja onde trabalho fica relativamente perto do apartamento de K. A demora para sair do ponto A e chegar ao
ponto K é angustiante.
Trêmula, sonâmbula, excitada, passo pela portaria. Pego
o elevador e, finalmente, estou diante da porta. Toco a campainha. Ele aparece.
Veste um sarong indonésio, colorido e
extravagante, que cobre todo o corpo e apresenta mangas largas. Ele me leva para a cama. Ficamos nus. Rolamos sobre o lençol.
Chupei,
lambi. Fui chupada e lambida. Quando penetrada, ele acabou quase que
imediatamente. A dor...Vou falar da dor. A dor, meu caro, foi terrível. Melhor dizendo: EXCRUCIANTE! Foi como se me enfiassem uma flecha dentro de mim, me arrombando, estourando minhas pregas. Na prática, foi isso mesmo que aconteceu. A rola de K. estourou minhas queridas pregas, minhas pregas virgens.
Doeu! Doeu e doeu! Muito!
K. arrumou uma toalha para se limpar.
Doeu! Doeu e doeu! Muito!
K. arrumou uma toalha para se limpar.
Momentos mais
tarde, estávamos brincando novamente. K. voltou a
me penetrar. A dor era intensa, mas era uma dor que eu reivindicava. Há
anos, precisava sentir aquela dor. Agora, ela se tornava real. E era
satisfatória.
A dor da perda da minha virgindade. Tinha dado o cu pela primeira vez. E aquilo era um vício que me acompanharia até o fim dos meus dias.
A dor da perda da minha virgindade. Tinha dado o cu pela primeira vez. E aquilo era um vício que me acompanharia até o fim dos meus dias.
Lembro que o problema era a posição. Estava de frango assado (nem sabia na época que se chamava frango assado). Só assim o pinto dele mantinha-se duro.
Dobrada, torta, os pés enfiados lá atrás do pescoço de K., em me sentia na pele de um frango sendo assado - de fato. Suava. A cama rangia. Até que, finalmente, K. terminou novamente e caiu semidesfalecido ao meu lado.
Dobrada, torta, os pés enfiados lá atrás do pescoço de K., em me sentia na pele de um frango sendo assado - de fato. Suava. A cama rangia. Até que, finalmente, K. terminou novamente e caiu semidesfalecido ao meu lado.
Pude esticar as pernas e relaxar. Toda a minha atenção
estava voltada para lá, pra o orifício. Sentia o líquido sair. Sensação plena, deliciosa.
Fui ao banheiro. Sentei na privada. E aí aconteceu. Houve um movimento de forte intensidade. A seiva de K. foi expulsa na forma de esguichos. Entrei no chuveiro e tomei um banho quente. Pus o vestido de algodão, a calcinha branquinha, calcei as alpargatas e saí.
Fui ao banheiro. Sentei na privada. E aí aconteceu. Houve um movimento de forte intensidade. A seiva de K. foi expulsa na forma de esguichos. Entrei no chuveiro e tomei um banho quente. Pus o vestido de algodão, a calcinha branquinha, calcei as alpargatas e saí.
Uma penúltima ida ao
ponto K aconteceu novamente no final de uma tarde. Toquei a campainha. K.
abriu. Estava com o mesmo sarong colorido. Foi
um momento constrangedor. Ele não sabia o que dizer. Falou, em espanhol, algo
como “não, hoje não”. Atrás, flagrei a figura de uma mulher de
calcinha e sutiã.
Só voltaria a vê-lo
anos mais tarde. Passava na frente do prédio, quando vi um sujeito gordo,
muito gordo, de uns 130 quilos, pagando o táxi e arrastando-se com dificuldade para
fora do carro. Era K. A caminho de uma explosão cardíaca.