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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Cine Arouche - templo da pegação (6)






Quando você menos espera, vem uma surpresa agradável. Lembro que uma noite estava eu novamente encostada na mureta do fundão. Bocejava. Meus olhos fechavam de sono, vendo um daqueles filmes ridículos das Brasileirinhas.
Só um parêntese: esse cara que faz os filmes deste selo deve odiar mulher. Em geral, a produção parece um estupro. A mulher é espancada, cuspida, penetrada mil vezes. Ele tem preferência por cenas anais em que o "ator" prende a cabeça da vítima com o pé. Ela fica com a cara esmagada, sendo enrabada violentamente. Pode ser que alguém sinta tesão por um ato tão mecânico e vazio como este, mas duvido muito. Os filmes das Brasileirinhas me dão tédio, sono, nojo. Amanhã, Dia da Mulher, deveria haver um ato de repúdio a essas produções misóginas.
Fechado o parêntese, lá estava eu, sonolenta, quando sinto alguém vir por trás de mim e se abaixar. Não deu tempo nem de olhar o que acontecia lá embaixo. Ele levantou meu vestido. Abaixou minha calcinha e enfiou a língua no meu rabo.
Não sei se você gosta, caro leitor, cara leitora, mas eu adoro sentir uma língua no meu buraquinho sagrado. Foi uma das felações anais mais longas e mais prazerosas a que fui submetida. Lembro que eu me abaixava, empinava o bumbum, enquanto os caras passavam em frente à mureta e tentavam estabelecer um contato imediato comigo, percebendo que algo de muito gostoso acontecia lá embaixo.
Sentindo prazer com aquela língua carinhosa, eu rebolava e erguia os pés encostando nele. A sola do meu pé percebia um pinto muito duro, sendo masturbado lentamente. Sempre sentado no chão, ele então pegou meu pé e começou a lamber. Fez tudo direitinho, como mandam as leis podólatras, chupando cada dedinho separadamente, depois engolindo o dedão, um dedinho, depois o outro; passando a língua pela sola, pelo tornozelo, pelo dorso.
Quando ele se cansava dos pés, retornava para o cuzinho. Acho que ficamos nesse vai e vem por uma hora mais ou menos.
Ele gozou na sola do meu pé, gemendo alto de prazer.
Depois, sem dizer uma palavra, ergueu-se e sentou-se em uma das poltronas da primeira fila do fundo e dormiu. Quando fui embora, ele ressonava pacificamente. Sonhava com amores passageiros, quem sabe.

É tudo verdade