segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Uma noite quente


Acordei hoje cedo com um borrão na memória. As imagens da noite passada não estavam bem definidas. Pareciam cenas de um filme que havia assistido antes de dormir. Mas não foi um filme. 

A semana passada fez muito frio. Não saí à noite. Fiquei o tempo todo em casa, enrolada no sofá, assistindo séries da Netflix. Felizmente, ontem à tarde/noite, fez calor. Me deu coragem de sair.

Vesti um lbd (little black dress) novo, que comprei recentemente em uma lojinha na rua Rego Freitas. É um vestido de alça, com detalhes nos seios. Caprichei na maquiagem. Fiz o pé e a mão e fui à luta. 

O primeiro era um gordo, grande, carregando um saco plástico de supermercado na mão. Ele deu em cima de mim, desde a hora que pisei no cinemão. Onde eu ia, topava com o gordo grande. Pensei comigo: "Não vai dar certo". É uma intuição. Não sei como. Consigo perceber que a foda não vai funcionar. E de fato foi o que ocorreu.

O gordo grande me levou para uma poltrona. Me pediu para fazer um boquete. O pau dele não ficava inteiramente duro. Por mais que eu chupasse, a rola não endurecia. Gordo grande quase sempre tende a ser broxa. O pior ainda estava por vir. Ele fez um movimento, erguendo o traseiro e empurrando meu dedo na direção do cuzinho dele. 

Com muita paciência, coloquei gel lubrificante nos dedos e enterrei no cu da gorda maricona. Continuei chupando. Nada. Macarrão molhado na minha boca. 

Levantei e fui ao banheiro me lavar. Depois, ainda vi o gordo grande circulando pelo cinemão, com seu saco de supermercado na mão. O cu besuntado de gel.

O segundo parecia um porco espinho. O coroa tinha aquela barba espetada. Pelos em todo o corpo. Ele me levou para o fundão, atrás do andaime abandonado. Lá, ficou me beijando e fazendo carinho em mim. Faz o tipo "namorado". Quando tirou o pau pra fora, me abaixei e comecei a chupar. Não endurecia. Outro broxa na minha tarde/noite. Dá para acreditar? Ele desistiu e foi embora. 

Andei até o muro das lamentações, onde as bichas gemem, e fiquei encostada, aguardando os próximos acontecimentos. Não demorou muito. Veio um cara, com jeito de pedreiro de obra. Meio coroa. 

Chupei e o instrumento endureceu na hora. Bom sinal. Quando percebi, ele estava colocando minha calcinha de lado e enterrando gostoso em mim. Ia e voltava com força. Entretida com a foda, percebia, bem longe, alguém que me apalpava, batia punheta pra mim. Dizia: "Gostosa... Dá o cu, gostosa". 

O suposto pedreiro meteu até dizer chega. Veio outro cara, em seguida, e gozou rapidamente. Tão depressa que nem sei dizer quem era. Só percebi ele se afastando, retirando a camisinha recheada e atirando no chão. 

Fui ao banheiro para me lavar e refazer a maquiagem. Não queira entrar no banheiro do cinemão, caro leitor. É aviltante. Imagine camisinhas espalhadas no chão, urina, merda, o chão imundo, a privada entupida, coberta de fezes e restos de papel. Talvez seja o banheiro mais nojento de todo o planeta Terra. É impossível que haja outro lugar tão asqueroso como esse. 

Dei uma volta na plateia superior. Um tipo moreno, forte, de uns 40 anos, me pegou de jeito. Enquanto eu o chupava, ouvia aquele maluco, que se senta sempre na plateia superior, e grita: "Olha o jegue! É o jegue! Chegou o jegue!". 

Ele se refere aos artistas pornôs, com seus cacetes gigantes. Desde que frequento o cinemão, esse tipo faz sempre o mesmo comentário: "Olha o jegue. Chegou o jegue". Burro, asno, jumento são outros nomes que ele poderia usar para jegue. Mas nesse tempo todo o vocabulário dele manteve-se limitado. É sempre jegue.

O moreno forte veio atrás de mim. Me apoiei na poltrona e aguardei a rola, que vinha com toda força em direção ao meu rabo. Ele estava muito duro e com vontade. Enquanto enterrava em mim, senti minha rola ficar também dura. Comecei a mexer nela e senti o gozo vindo. Quando ia gozar, ele saiu de dentro de mim. Ele tinha terminado, sem me dar tempo de gozar. 

Entrei na sala menor, que passa filmes gays e um gordinho moreno tirou o pau e colocou na minha mão. Ele me virou e passou a mão na minha bunda. "Você tem bunda de mulher", ele disse.

É claro que a minha bunda é de mulher. Sou cdzinha. Ele queria o quê? Uma bunda peluda, com a calcinha enterrada no cu?

Fugi dele.

Desci. Olhei o relógio do bar. Passavam das 20h. O cinemão estava com boa fluência de público. Eram vários caras circulando, em busca de uma foda de fim de domingo. 

A trava Bianca Arouche passou por mim, cantando em inglês. Não consegui entender a letra. Havia uma cdzinha, de biquíni, e uma espécie de tênis sem cadarço nos pés. A parte de trás do tênis estava amassada, com o calcanhar dela se apoiando na dobra. Achei o conjunto bem ralé. 

Outra cd andava de salto alto, martelando o chão. Ela dava uma volta. Depois, vinha novamente. Lembrava um soldado, fazendo a ronda do quartel.

Sentei. Cruzei as pernas. A saia subiu, mostrando minhas coxas. Fiquei fazendo com a sandália aquele movimento de dangling. A sandália pendurada no pé, balançando, indo e voltando. 

Veio esse cara sentar-se ao meu lado. Ele puxou conversa. Queria saber se eu frequentava o Cine Kratos, na rua Aurora. Falei que não. Ele me disse que preferia o Arouche, porque ali "sempre acontece alguma coisa".

Enquanto a gente conversava, veio um coroa e começou a fazer carinho no meu braço. Falei para ele que estava com um amigo. E o coroa se afastou.

O cara, que parecia bem jovem, colocou minha mão em sua pica. Senti aquilo endurecer, se agigantar. "Aquilo" precisava da minha cucetinha.

A gente foi até o antigo banheiro feminino, que hoje nada mais é que um espaço vazio, escuro, sem louças sanitárias. Sobraram apenas os boxes vazios. A gente vai pela escuridão meio que tropeçando, porque o chão é irregular, tem altos e baixos. Um risco você arrancar a unha do pé, dando uma topada.

A gente entrou em um espaço, mas senti o chão muito molhado. Provavelmente, devia ser urina. Fomos para o boxe vizinho, que estava seco.

Comecei a chupá-lo e simplesmente amei aquela rola. Não era enorme, mas de tamanho médio, substancial. Aquela pica ia me dar muito prazer, pressenti. E estava certa. 

Ele enfiou em mim, de maneira extremamente profissional. Dava estocadas certeiras. Depois, retirava. Vinha novamente. Senti o gozo chegando com força. Foi só tocar no meu pau para gozar abundantemente. 

Disse para ele: "Amei a sua rola. Gozei muito". 

Me abaixei e pedi para ele descarregar na minha boca. Ele se masturbou por menos de um minuto e gozou muito no meu rosto. A porra saiu quentinha, saborosa. 

Ao sair do cinemão, passei pelo bar que fica na esquina e topei com algumas garotas, conversando, batendo papo, nas mesas que ficam na calçada. Pensei comigo: "Elas vão beber com esses caras. Talvez, trepar mais tarde, mas até lá será preciso conversar muito. Entabular muito papo até a foda propriamente dita. Pura perda de tempo. É muito melhor topar com alguém e trepar. Como eu fiz hoje".

Mas, talvez, não seja essa a prioridade delas. Quem sabe elas prefiram bater papo, beber cerveja, ver as cdzinhas, como eu, circulando, de pernas trêmulas, depois de uma foda e uma gozada fenomenais. Tem gosto pra tudo.
     

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