domingo, 28 de março de 2021

Passo a passo para você se transformar em uma cdzinha


Sempre que me perguntam, "como faço para me transformar em uma cdzinha"?, a minha resposta é sempre a mesma: o caminho é longo.

Quando o rapaz chega à adolescência, o sonho dele é fazer a barba. Toda manhã, ele se olha no espelho e confere para ver se nasceu mais um pelo, se já dá para usar a lâmina de barbear. Depois, nascem os pelos nos genitais. Ele começa a gozar, derramando os primeiros sinais de sêmen. Ocorrem os ritos de passagem: o baile de formatura, a primeira namorada, o momento tão esperado de usar "roupa de homem": terno e gravata. 

Para a cdzinha, o movimento é inverso. Ela não aceita mais as roupas masculinas. É um sacrifício para ela usar terno, gravata, sapato social. É doloroso mesmo. Muitas são casadas ou moram com a família e só em casos raros conseguem alguns momentos solitários para vestir a primeira calcinha. 

A primeira calcinha, toda crossdresser sabe, a gente nunca esquece. No meu caso, como já relatei em postagens anteriores, foi um biquíni. Foi tirar a minha roupa de macho e entrar em um biquíni para sentir uma ereção antes nunca vista. Tive de gozar rapidamente, tamanho era o tesão que sentia. 

Essa mesma sensação de "entrar" em uma roupa feminina e quase morrer de tanto prazer passa a ser repetida exaustivamente. A cdzinha se sente incomodada quando está vestida de "sapo", que era como, antigamente, as cross chamavam a cd sufocada em roupas de homem.

É um processo longo de trans-formação. Se tornar trans. Você deixa de ser o que era e passa a ser aquela que você realmente sempre tinha sonhado ser, aquela que você é de fato.

Primeiro passo é se livrar dos pelos. É uma convivência insuportável, ser cdzinha e ter pelos. Você vai experimentar uma lingerie, se olha no espelho, e lá estão eles: os pelos pretos, horríveis, "sujando" a sua pernas, as suas belas coxas, os pés. Cdzinhas afortunadas nascem com poucos pelos. Para estas, uma boa lâmina de barbear, mergulhada antes no álcool para desinfetar e evitar foliculite, resolve bem o problema. Você se depila no banheiro, tomando banho e, ao sair, não há mais aqueles pontos escuros tenebrosos nas pernas, nas coxas, nos braços. Fico pensando como deve ser difícil para a cdzinha que tem muito pelo no peito, nas costas. Nesses casos, só mesmo apelando para esses lojas especializadas em depilação a laser. No meu caso, que tenho pouquíssimos pelos, uma boa depilação semanal resolve bem o problema. 

Como cdzinha quero me sentir desejada. Quero que o homem olhe para mim e sinta vontade de me comer. Por isso, o segundo passo é erradicar completamente a masculinidade. É interessante deixar o cabelo crescer ou comprar uma peruca de fios naturais, que não esquentem muito o couro cabeludo. É fundamental se acostumar a ir ao cabeleireiro. Quando você entra nesse universo feminino delicioso, que é o cabeleireiro, sente um prazer inenarrável. A manicure/pedicure faz seus pés, suas mãos. A cabeleireira lava seu cabelo, penteia, enquanto conta segredos de mulher. Frequento um salão no centrão. A minha cabeleireira é uma travesti muito simpática e atraente. Outras trans frequentam o salão. A gente troca ideias, troca informações, discute acontecimentos da atualidade. É um momento delicioso esse que passo no salão, com a pedicure cortando as unhas dos meus pés, amaciando as solas, passando creme e depois pintando unha por unha com meu esmalte favorito, que é o "Meu vermelho" da Vult, como já devo ter falado em posts mais antigos. 



Muitas cdzinhas sentem vergonha de entrar em uma loja e comprar lingerie. É uma bobagem. Não há nada mais recompensador, depois de uma semana difícil, do que passar o sábado à tarde, por exemplo, em uma loja de departamentos, como a Renner ou Riachuelo, escolhendo calcinhas novas, sutiãs e vestidinhos. Por falar em calcinha, fui na Renner outro dia e saí com dez calcinhas fru-fru. De-li-cio-sas.

Para a cd que tem família ou é casada com mulher (e a mulher não sabe que a marida é cd), meu conselho é sempre o mesmo: tire um dia de folga. Hospede-se em um hotel. Saia montada. Passeie pelas ruas. Vá a um shopping. São momentos inesquecíveis, que vão fazer seu coração bater tão forte que dá impressão que ele vai sair voando do peito.

Em salas de bate-papo, é comum uma cd iniciante ou cd ainda no armário pedir para outra cd, mais experiente, dicas ou até, em certos casos, quer uma cd experiente para "iniciá-la". A cd iniciante quer se montar, quer ser maquiada e comida pela cd experiente. "Estou louca para experimentar uma pica", elas costumam dizer, "mas não quero dar para homem, quero ser iniciada por outra cd ou uma travesti".

Infelizmente, quando me fazem esta solicitação, sou obrigada a declinar. Neste momento da minha vida, não sinto nenhum tesão por outra cd, nem por trava. 

Pessoalmente, quando era adolescente, não sabia definir meu desejo. O que sentia, quando via uma travesti na TV, era como levar um choque na alma. Na época não sabia, mas queria ser essa travesti. Queria ser trans. Até chegar lá, demorou muito. Foi, como disse no início, um caminho longo. 

Nas brincadeiras sexuais infantis, eu sempre ficava embaixo. Deixava o garoto deitar sobre mim. Sentia ele se mexendo, se esfregando até se satisfazer. Sob ele, eu também me esfregava nos lençóis até gozar. Era eu também quem chupava o pinto dos meus amiguinhos. Alguns se assustavam e recolhiam a pica.

Só fui dar mesmo de verdade mais velha, com 20 e poucos anos. Dei para um gay, péssimo de cama, que fazia o tipo "gay macho", não me deixando nem relar na bunda dele. 

Tive relacionamentos com mulheres. Depois, para atenuar o desejo e não me sentir muito bicha, passei a sair com putas, que me comiam com consolos. Elas me vestiam com camisolas, calcinha e sutiã e me enrabavam. Gozei muito na "pica" dessas garotas de programa. 

Quando a inversão meio que perdeu a graça, passei a sair com travestis. Primeiro, era eu quem comia. Depois, é claro, virei a comida delas, que era a minha verdadeira vocação. 

Então, em determinado momento, fui para o que realmente me interessava: dar para os homens. Satisfazer homens. Me entregar para eles. Levar no cu, chupar rola, apanhar na bunda enquanto era comida. Engolir leitinho quente, Sentir suas gozadas deliciosas e fartas na bunda, no meio das coxas, nos pés, no rosto, nos peitos, no grelinho...

Cds com quem converso confessam que sentem arrependimento, vergonha, por terem esse desejo. Se você perguntar para um tubarão se ele está arrependido de ter comido a perna de um surfista, o tubarão vai dizer que não, que a perna era bem gostosa e, pra dizer a verdade, ele já está em busca de outra perninha macia. Com a gente é igual, nós somos assim. Não foi algo "implantado" em nós. Os psicólogos chamam de "disforia de gênero". Não sei como se chama, mas não me sinto "normal" usando roupas masculinas. Amo estar maquiada, os pés e mãos pintados; amo pôr meu vestido, minha calcinha, o sutiã, o salto alto e ir para as quebradas atrás de homens.  

Você percebe que são etapas de um longo caminho. Nem toda cdzinha sente tesão por homens. Em comum, existe o desejo transgênero. Se olhar no espelho, toda montada, de salto alto, cinta-liga, calcinha, sutiã, apreciar os dedos dos pés pintadinhos, o cabelo arrumado (ou a peruca atraente), a maquiagem bem feita, encarar a si mesma e dizer: finalmente, realizei meu sonho. "Sou quem sempre quis ser."    

     


       

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Entrando bem em 2021

 


Estive no cinemão na sexta-feira à tarde. Ainda está em reforma: paredes lixadas e descascadas, o andaime ali na frente ao lado da tela e o piso parece ter sido cimentado ou também raspado. Umas dez travas enchiam o saco de oito infelizes. As travas são, realmente, inoportunas. Elas vêm falar com a pessoa. Chegam perto. Querem ganhar o cliente. Como tubarões em busca da presa, ficam andando de um lado para o outro, sem parar. Incomodam demais. Elas foram proibidas de ir lá para cima, onde tem a plateia superior e uma outra sala menor, destinada a exibir filmes gays. Detalhe: nesta sala menor, o filme estava de ponta cabeça. Você via os caras se beijando, como se os pés deles estivessem no teto. Avisei um funcionário. Ele olhou e ficou em dúvida se o filme era de ponta cabeça mesmo ou tinha alguma coisa errada. O fato é que as travas estão matando o cinemão. O responsável pelo espaço deveria proibir travas e gps de fazer programa ali dentro. Isso mata o negócio. Saí de lá, voando. Não sou bruxa, mas saí voando.

Entrei na sauna, que fica ali perto. É uma sauna tradicional que passou por reforma, anos atrás. O que ela tinha de melhor (espaços escuros, cantinhos ocultos e íntimos) foi varrido. Ficou muito clara e aberta. Luz demais. O dono quer distância de cds e trans. "Quer ser Pablo Vittar, vai ser lá fora, mas não aqui dentro", ele costuma falar. Na entrada, eles medem a sua temperatura. Tem gel higienizante por todo lado.

Uma bicha coroa, muito doida, pequena e magra, e um tiozão trepavam em um dos reservados. A porta não tinha sido fechada, para a gente admirar. É aquela foda vale tudo: língua no cu, chupada na pica, beijo na boca. Enterradas profundas. Tudo sem cobertura. É pau no cu mesmo, sem proteção.

Na sauna a vapor, dois caras estavam se pegando. Um negro e um branco. O rapaz negro era depilado e tinha aquela bunda redondinha, firme, sem um único pelo. Para resumir, entrei na brincadeira e acabei chupando os dois. Eram rolas saborosas, de tamanho razoável. O calor começou a me incomodar, por isso, saí e fui dar uma volta.

Na sala de vídeo, que passa pornôs gays, estava um habitué. Raramente, eu vou nessa sauna, mas, quando calha de eu ir, o sujeito está lá. Ele fica sentado, no que parece ser um sofá, mas não é, e aguarda a chegada de alguém. O sujeito vai comer o habitué ali mesmo. Algumas vezes, entrei na sala (que é aberta, envidraçada, não tem porta, lembra um aquário), e flagrei o habitué com as pernas pra cima, levando rola.       

Voltei para a sauna a vapor e os dois carinhas continuavam lá. No ponto de gozar. Foi só eu me abaixar, em direção às rolas, botar uma na boca, depois a outra, para eles descarregarem tudo em mim. Eles saíram e foram tomar uma ducha. Fiz o mesmo, sentindo o líquido gosmento grudando na altura do ombro. Foi difícil lavar, mas acabei me limpando.

Estava indo embora, quando apareceu um cara moreno, com seus 40 anos, que me levou para o reservado. Chupei gostoso. Ele ficou bem duro e quis me penetrar. Ele não tinha camisinha. Abri a porta do reservado e - adivinhe quem estava lá fora? A bichinha coroa doida. Ela fez menção de entrar no reservado e avançar na pica do moreno, mas corri para pegar as camisinhas e o gel lubrificante, que ficam em um "dispenser" em frente às portas dos reservados, e fechei a porta na cara dela. Bicha abusada. 

O moreno quis me comer em várias posições. No final, eu estava deitada no catre, quando ele começou a gemer, como se estivesse gozando. Ergueu-se, rapidamente, tirou a camisinha e foi embora. 

Só para tirar a dúvida, dei uma olhada na camisinha, atirada na lixeira, e ela estava seca. O moreno tinha fingido orgasmo. Você acha que só mulher finge orgasmo? Engano seu.

E ontem, domingo à tarde, fui para a minha sauna favorita, de short bem curtinho, camiseta e rasteirinha. No caminho, passei por um bar e vi os atendentes se pendurando na janela. Um cara, num carro preto e grande, reduziu a marcha e buzinou pra mim. O dia promete, pensei.

Na minha sauna favorita, foi assim: chupei um cara, que não ficava duro e só repetia a mesma palavra infinitas vezes: "Delícia, delícia, delícia".  O pau na meia bandeira. Fugi dele. 

Na sauna a vapor, veio um cara enorme, com um pinto gigantesco, me pegar por trás. Um pau desses você não pensa duas vezes; põe na boca e chupa. Ele me virou. Me encostou na parede escorregadia e enterrou em mim. Soltei ele de mim e lhe entreguei uma camisinha. O pau devidamente envelopado aproximou-se para mais uma penetração. Um rapaz, de altura mediana, cabelo aparado rente, viu a gente se pegando e ficou com vontade. Então, fiquei abaixada, com o grandão tentando me penetrar e chupei a rola do cara menor até deixá-la bem dura. Era um pau comprido, mais para fino. 

Enfim, saímos - eu e o cara menor - da sauna a vapor e fomos lá para cima, onde estão os reservados. O grandão, infelizmente, broxou. São coisas que acontecem. Nas saunas e em tudo quanto é lugar. 

No reservado, o carinha disse que já tinha me comido anteriormente. "Adoro a sua bunda", ele disse, "seu corpo não tem pelo, é uma delícia". Ele me comeu até dizer chega, mas, quando ia gozar, parava. Ficamos nessa talvez por uma hora: eu com as pernas erguidas sobre os ombros dele; eu de lado, meio deitada; eu, de quatro; eu, deitada de bruços, com ele por cima de mim. 

Ele deu um tempo e disse que viria me pegar depois para gozar. "Não quero agora. É cedo. Mais tarde, pego você de novo e gozo gostoso."

Tomei uma ducha longa e revigorante, em meio a dezenas de homens pelados. Homens de todas as idades: jovens, maduros, coroas. É rola que não acaba mais. Vi o Malvado. O Malvado me viu, me encarou e tremi de medo dele. Mas me afastei. Não queria nada com o Malvado ontem.   

Na piscina térmica, encontrei esse rapaz novinho, com altura abaixo da média, e o corpo todo malhado. Imagine um cara sem um centímetro de gordura, de flacidez? Era esse carinha. Você passava a mão no peito dele e sentia a musculatura como se fosse uma couraça. Era todo duro. Ele me levou para o reservado e me comeu bem gostoso. 

Ele me punha de quatro, colocava a ponta do pau no meu cuzinho e enterrava. Em seguida, tirava. Deixava a ponta novamente no cuzinho, enterrava um pouquinho e, bem depressa, enfiava tudo de uma vez. Quando cansou da brincadeira, arrancou a camisinha e ficou em cima do meu rosto, me deixando lamber o saco dele. Foi se masturbando lentamente até gozar muito no meu rosto. Senti o leitinho quente escorrendo pelas minhas faces coradas, pingando na toalha enrolada, que servia como meu travesseiro. 

O que esta imagem, que serve de ilustração, tem a ver com a minha postagem? Nada. É só uma fantasia que eu tenho. Um dia, ter um cara que possa ficar a meus pés, brincando com o meu pezinho. Será que vou realizá-la?

Beijos.

    

É tudo verdade