sexta-feira, 1 de setembro de 2017

"Saco de porra"



         

 Viu-se, de repente, sendo seguida. O perseguidor era baixinho, careca e decidido. No bar, lá estava ele em seu encalço. Na área de descanso, cheia de espreguiçadeiras (aquelas cadeiras que ficam nos decks de transatlânticos), também se via o sujeito. Entrei e sai, virei e desci, e lá vinha ele. 

A rendição ocorreu no banheiro. Entrei no reservado e fui seguida por ele, que trancou a porta e veio para cima de mim.  

Os movimentos foram breves, muito breves, e tão decididos quanto a própria perseguição. Ficamos nus e nos abraçamos. Eu o chupei até ele ficar teso, com o espermacete escorrendo. 

Ele me empurrou gentilmente para que eu ficasse arqueada, dobrada, pronta para a penetração.

Me apoiei na parede, o rosto voltada para a descarga e a privada. Senti que o perseguidor umedecia meu anel do ânus e me preparei para o impacto. 

Ele enterrou de uma vez. A dor foi assustadora, mas igualmente inesquecível. Ele meteu uma, duas, várias vezes. Observei meu pau ficar duro e o líquido começar a fluir. Eu gozava sem encostar no pinto. Vinha naturalmente em decorrência da penetração. 

O perseguidor agarrou meu pau e se excitou ainda mais ao ver que eu já havia gozado. Acabou também. Retirou a verga. Limpou-se e apertou meu braço, em reconhecimento pelo cu ofertado. Foi embora. Não trocamos uma palavra. Não nos beijamos e fomos econômicos nas carícias.

Depois que ele saiu, sentei na privada e esperei. Senti o movimento lá embaixo. A sensação era, mais uma vez, boa, completa. “Saco de porra”, como os amigos da adolescência chamavam as garotas. “Saco de porra”...

Por algum motivo difícil de determinar, apesar de ser muito jovem na época, conclui que aquele comportamento era de risco. Podia contrair uma doença. Era tudo muito gostoso, mas, eu intuía, parecia também muito perigoso. 

Deixei descarregar dentro sem proteção só mais uma vez.  E foi a última. Outra hora eu conto.




quinta-feira, 31 de agosto de 2017

A minha primera vez






Estou na loja, onde trabalho, com um vestido leve de algodão cru e alpargatas de fibras naturais. Tiro as alpargatas e fico descalça. Esfrego os pés no carpete. O pinto duro. Quero dar para ele. Quero muito dar pra ele. Quero demais. O cartão de K. queima na minha mão. Estou sufocando de tesão. Preciso levar uma rola e tem de ser agora. 

Será a minha primeira vez. Sei que vou perder a virgindade.

Levanto. Saio da loja. Invento uma desculpa para o gerente e vou para a rua. Pego um táxi. Dou o endereço do apartamento. O coração bate forte. Suo frio. Estou agitada, tensa, louca de vontade. A loja onde trabalho fica relativamente perto do apartamento de K. A demora para sair do ponto A e chegar ao ponto K é angustiante.

Trêmula, sonâmbula, excitada, passo pela portaria. Pego o elevador e, finalmente, estou diante da porta. Toco a campainha. Ele aparece. Veste um sarong indonésio, colorido e extravagante, que cobre todo o corpo e apresenta mangas largas. Ele me leva para a cama. Ficamos nus. Rolamos sobre o lençol.
  
Chupei, lambi. Fui chupada e lambida. Quando penetrada, ele acabou quase que imediatamente. A dor...Vou falar da dor. A dor, meu caro, foi terrível. Melhor dizendo: EXCRUCIANTE! Foi como se me enfiassem uma flecha dentro de mim, me arrombando, estourando minhas pregas. Na prática, foi isso mesmo que aconteceu. A rola de K. estourou minhas queridas pregas, minhas pregas virgens. 

Doeu! Doeu e doeu! Muito!

K. arrumou uma toalha para se limpar. 

Momentos mais tarde, estávamos brincando novamente. K. voltou a me penetrar. A dor era intensa, mas era uma dor que eu reivindicava. Há anos, precisava sentir aquela dor. Agora, ela se tornava real. E era satisfatória. 

A dor da perda da minha virgindade. Tinha dado o cu pela primeira vez. E aquilo era um vício que me acompanharia até o fim dos meus dias.

Lembro que o problema era a posição. Estava de frango assado (nem sabia na época que se chamava frango assado). Só assim o pinto dele mantinha-se duro. 

Dobrada, torta, os pés enfiados lá atrás do pescoço de K., em me sentia na pele de um frango sendo assado - de fato. Suava. A cama rangia. Até que, finalmente, K. terminou novamente e caiu semidesfalecido ao meu lado.

Pude esticar as pernas e relaxar. Toda a minha atenção estava voltada para lá, pra o orifício. Sentia o líquido sair. Sensação plena, deliciosa. 

Fui ao banheiro. Sentei na privada. E aí aconteceu. Houve um movimento de forte intensidade. A seiva de K. foi expulsa na forma de esguichos. Entrei no chuveiro e tomei um banho quente. Pus o vestido de algodão, a calcinha branquinha, calcei as alpargatas e saí.

Uma penúltima ida ao ponto K aconteceu novamente no final de uma tarde. Toquei a campainha. K. abriu. Estava com o mesmo sarong colorido. Foi um momento constrangedor. Ele não sabia o que dizer. Falou, em espanhol, algo como “não, hoje não”. Atrás, flagrei a figura de uma mulher de calcinha e sutiã.

Só voltaria a vê-lo anos mais tarde. Passava na frente do prédio, quando vi um sujeito gordo, muito gordo, de uns 130 quilos, pagando o táxi e arrastando-se com dificuldade para fora do carro. Era K. A caminho de uma explosão cardíaca.
 

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

A minha primeira felação anal





Noite de sábado, não fui para casa. Caminhei pela Rego Freitas, centrão de São Paulo. Usava short justo, que deixava as coxas à mostra, camisetinha regata e sandália. Meu cabelo estava comprido, batendo nos ombros. Queria um homem. Precisava experimentar um pinto. Pôr na boca, senti-lo me penetrando. Era um desejo profundo, que tomava conta de todo o meu corpo. Precisava de homem... Era como um sinal de neon em uma estrada escura, que indica o objetivo da viagem, apagando e acendendo. Homem...Homem...

Devo ter caminhado meio quarteirão, quando cruzei com K. Ele conversava com uma garota. Flertamos. K. veio puxar conversa, deixando a garota em segundo plano.

         Em minutos, eu e K. entramos em um prédio, situado nas proximidades. Era uma construção baixa, de corredores apertados. Alguém havia aproveitado um terreno, onde caberia um barracão, para construir um pequeno prédio estreito. No apartamento exíguo, havia pessoas conversando na sala. Passamos por elas e no enfiamos no quarto.

Tirei a roupa. Consegui monitorar a excitação. Em uma escala de zero a 10, batia no 9.9 da ejaculação precoce. Pela primeira vez na vida adulta, estava deitada na cama com um homem. Sabia que ia ejacular muito rápido. Depois que terminasse, temia pela minha reação. A sensação de culpa seria insuportável e não imaginava o que faria.

         K. era cabeleireiro. Parece clichê, mas ele era mesmo cabeleireiro. Sublocava o apartamento. Falava com sotaque espanhol. Devia ser argentino, uruguaio...

Não dá para focalizar detalhes, porque restaram borrões quase apagados no disco rígido. O que eu lembro bem é estar deitada de bruços, com a bunda voltada para ele. Ao sentir a língua de K., gozei instantaneamente. Primeira descoberta da noite: felação anal pode ser irresistível.

        Levantei e vesti a roupa. Ele tentou me impedir. Queria que eu ficasse mais um pouco para uma segunda sessão. De jeito nenhum, falei. Vou embora. K. me estendeu um cartão e pediu para eu ligar durante a semana.

         O cartão fica queimando no bolso por um tempo indeterminado. Ligar ou não ligar para ele? Valia a pena passar por aquele portal? Haveria volta?


terça-feira, 29 de agosto de 2017

Cine Arouche - templo da pegação (13)



Um rapaz negro e alto, que vejo sempre por lá, me procurou no fundão. Disse que fazia tempo que não me via, que estava com saudades. Me convidou para irmos ao banheiro lá de cima. Subi com ele, certa de que me confundia com outra pessoa.

Dentro do banheiro, com a porta encostada porque não tem tranca, ele abaixou a calça e tirou o cacete pra fora. Era enorme, duro e delicioso de ser chupado. É uma daquelas rolas que você lambe de cima abaixo, põe na boca, tentando adivinhar até onde consegue aguentar antes de engasgar.

Depois de chupá-lo, ele pôs a camisinha, ergueu meu vestido, baixou minha calcinha e me enrabou. Tive o cuidado de passar bastante lubrificante, tanto na pica dele como na entrada do meu cuzinho. Sabia que o cacete ia fazer um estrago danado, se não tomasse as devidas precauções.

Ele me comeu bem gostoso. Enfiava a rola e tirava. Depois, enterrava novamente. Comecei me masturbar e gozamos simultaneamente.

Tirei a camisinha do pinto dele. Dei uma chupada. Limpei o cacete com papel higiênico (que estava na minha bolsa, o banheiro evidentemente não fornece). E, ao me levantar, ele me agarrou e me beijou na boca. Foi um beijo longo e quase romântico.

Ele disse que fazia tempo que não me comia, que era muito bom (juro que nunca havia transado com ele). Me pediu "um cheiro". Falei que não usava drogas. "E 20 reais você tem?", ele me pediu. "Estou quebrada, amor", falei. Era verdade. Estava dura mesmo.

Ele me contou que recentemente havia comido um sujeito que lhe pagara mil reais pela foda. Disse que outros lhe davam 300, 400 e até 500 reais. "Vamos fazer uma dupla", sugeri. Ele respondeu que era uma boa ideia e elogiou a minha resistência: "Vou aguentou bem a minha rola. Não é todo mundo que consegue".

Ouvi dizer que caras que têm pica muito grande costumam ser rejeitados pelos passivos. Fizeram uma pesquisa. Sei lá. Algo assim. Pessoalmente, aconteceu só uma vez comigo. Era uma pica colossal. A maior que já vi na vida. Era grossa, imensa, colossal. Não sei direito as medidas, mas aquela devia bater todos os recordes. Disse para ele: "Sinto muito, não vai dar". Ele guardou o bastão e foi embora chateado. Também fiquei aborrecida, mas acho que depois de levar um taco daquele tamanho no rabo sairia do cinema direto para a UTI. 

 

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Cine Arouche - templo da pegação (12)




A cdzinha aproxima-se do cavalheiro. Ele diz algo para ela. A cdzinha ri e comenta: "Não vai reparar que estou sem a calcinha?" O clima no Cine Arouche é assim: permissivo. As pessoas estão lá para ter e dar prazer.
Tem aquela garota, bem vestida, que parece ter saído da Oscar Freire e se perdido ali nas entranhas escuras do Arouche. Ela fica sentadinha, quieta, atenta à aproximação. Aparece um pinto. Ela chupa. O sujeito goza e vai embora. Vem outro pinto, outro e mais outro. A situação começa a sair fora de controle. Ela bate em retirada, para desespero das rolas duras. Foge do cinema, rumo à luz. Um coroa reclama com o cara mais jovem: "Ela não gosta de aglomeração. Tem que saber cuidar dela".
A senhora negra acompanhada pelo coroa de cabelo branco tem uma resistência assombrosa. Ela desembarca no cinema no início da tarde e fica por lá até umas 17h. Nesse tempo, acredito, ela costuma dar para uns 50 caras. O casal muda constantemente de posição, mas quase sempre é acompanhado por uma multidão. O coroa grisalho é um espécie de coordenador do caos: "Não filma. Desliga o celular", "Apaga a lanterna", "Um de cada vez", "Você não, você está sem camisinha", "Você está demorando muito. Deixa a vez pra outro". E eles vêm e metem nela. Gozam. Jogam a camisinha usada no chão, enquanto outro se aproxima rapidamente e retoma a foda. A senhora fica sentada na poltrona, às vezes de pé, em outros momentos curvada na poltrona. Ela se assemelha a um alvo crivado de rolas. Pintos de todos os tamanhos e circunferências, apontando em direção ao seu cu e sua boceta.
Estava encostada na parede, observando o movimento, quando um tipo baixinho, do tamanho de uma criança, se aproxima. Ele é tímido. Não consegue chegar junto. Fica só por ali, nas proximidades. Impaciente, me aproximo dele e pergunto: "O que você quer fazer?" Sem olhar para mim, a cabeça baixa, ele murmura: "Meter".
Levo o baixinho lá para cima. Escolhemos um canto escuro e solitário. Ergo o vestido, abaixo a calcinha e verifico se ele está de camisinha. Está. Maravilha! Me abaixo. Ele entra e goza. O pintinho do tamanho de um dedo mínimo descarrega sua carga em dois ou três segundos de penetração. Sem falar obrigado, sem me dar boa tarde, ele sai bem depressa. É um pequenino ejaculador precoce mal agradecido.

É tudo verdade