quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Cine Arouche - templo da pegação 3









Para a crossdresser envergonhada, que não consegue se montar e andar pelas ruas, o Cine Arouche é uma opção de liberação. Muitas cds se montam nos banheiros ou mesmo na plateia. Em minutos, elas começam a circular, atraindo a atenção dos ativos. Eles passam a mão na bunda da cd, fazem carinho, beijam, agarram...
Mesmo em uma quarta-feira à noite chuvosa, mesmo em dias de pouco movimento, é muito difícil a cd não ser comida no Arouche. Tem sempre um macho disposto a enrabar, ser chupado e dar leitinho na boca.
Apesar de todos os problemas estruturais (banheiros sujos, falta de higiene generalizada, poltronas em péssimo estado), o Arouche ainda sobrevive graças a esse contingente superlativo de machos. Eles estão com o pau duro e precisam de uma ajuda para serem aliviados.
Segunda-feira de Carnaval...Foliões fantasiados de si mesmos convergem para o ponto onde está a origem da música. O som ensurdecedor os atrai como um poderoso imã. Na calçada, uma garota discute com o namorado. Ele argumenta em voz baixa, mas ela eleva o tom. "Não sou a Letícia. Não sou mesmo". Entro no cinema, no meu refúgio, na minha perdição. O Carnaval fica lá fora. Estou pouco me lixando para blocos, marchinhas, gente bêbada e suada. Quero ser tocada, violada, submetida.
O primeiro vem atrás de mim na plateia superior. É coroa, careca, usa óculos de grau. Vai tudo bem até a hora de pôr a camisinha. Ele broxa. Deixo ele sozinho com seu pau mole. Nota 1,5.
Embaixo, no canto esquerdo, bem lá no fundo, está a maior bagunça. Uns 15 machos fazem fila para comer a ninfomaníaca da vez. Enquanto ela é fodida, aproveita para fazer merchant de um show que está fazendo em uma casa noturna. "Apareçam lá rapazes", ela pede. Os caras fazem fila para tocá-la. Se fosse uma igreja, ela seria a santa sobre quem repousa a promessa de milagres. Eles tocam os seios, a boceta. A mulher é uma aparição no meio de tantos homens, gays, travas e cross. "Chegou sua vez, né", ela comenta com um senhor que enfia nela. "Pode passar a mão", ela autoriza, "pode passar a mão na boceta, na bunda, eu gosto".
Um garotão de pau muito duro sai da confusão e vem em minha direção. Diz que quer me comer. Vamos no espaço onde eram os banheiros femininos. Entramos em uma das divisórias. Abaixo, fico de joelhos e começo o boquete. Ele grita na hora do orgasmo. Goza profusamente. Nota 7. Podia ter demorado mais um pouco.
Estou sentada, descansando, quando noto ao meu lado um pinto duro. O sujeito não me toca, não diz uma palavra. Pega o meu rosto e tenta empurrar na direção da rola. Saio fora. Em seguida, em outro ponto da plateia, vem um cara e começa a se masturbar. O cacete está a um milímetro da minha bochecha. Ele toca nos seios, com grosseria e continua se masturbando incontrolavelmente. Parece uma máquina que ligaram e esqueceram como se desliga.
Vou para o fundo. O senhor rola grossa aparece para salvar meu dia. É uma pica tão grossa, que por mais que você abra a boca, não consegue dar conta da encomenda. Ele é diferenciado. Carinhoso, lambe meus seios, me toca, me lambe, me beija. Coloca a camisinha naquela tora, que eu lambuzo com o máximo possível de KY. Quando ele me penetra, ao sentir aquilo me invadindo, solto uma série de gemidos profundos, que atraem a atenção dos voyeurs. Um deles se coloca ao meu lado e me acarinha, me beija, toca levemente meus seios. O senhor rola grossa vai enfiando, me dobrando, me dilacerando. Enquanto mete, ele me bate na bunda. São tapas carinhosos, que fazem barulho, mas não doem. Depois que ele tira, a gente fica um tempo se beijando. "Eu gosto de ficar com você", ele diz. Nota 8. Queria ter sentido o leitinho no rosto.
Retorno à plateia. São 20h30. Tempo para uma dupla pegada. Um pinto menor e bem mais fino, que aquele do senhor rola grossa, entra em mim. Fico abaixada na poltrona, chupando uma rola considerável de um rapaz negro de boné. O pinto fino termina rapidamente. Vou com o boné para o fundão. Pergunto se o boné quer gozar. "Eu queria, mas está tão difícil", ele se queixa. Sozinhos, no fundão, ao lado da tela que exibe outra produção broxante da série As Brasileirinhas, me abaixo, me ajoelho e quem ajoelha deve rezar. O boquete dura menos de um minuto. O boné estava realmente com vontade. O gozo dele me atinge o rosto e voa para o vestido. Fico lavada.
Depois de um tempo no banheiro, me limpando precariamente na torneira avara, quando retorno à circulação, um rapaz negro, jovem, me pergunta de forma agressiva se eu estava lá "para dar a bunda". Eram 21h, tempo de bater em retirada.

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