Para a crossdresser, o sonho se realiza quando ela
põe um vestido, calcinha, sandália de salto, peruca, se maquia e vai para a
rua. Lembro de ter ido a festas, reuniões, encontros em bares e casas noturnas,
jantares...Sempre acompanhada de outras CDs, que é a abreviação de
crossdresser.
Com o tempo, a CD vai ganhando coragem e começa a sair sozinha. Recordo das primeiras experiências, circulando pela baixo Augusta, Paulista, Ibirapuera...
No Cine Arouche, a experiência é levada ao extremo, porque a CD compreende qual é a sua verdadeira vocação. Saciar homens. Usar sua boca, seu traseiro, o meio das coxas, as solas dos pés, as mãos para aliviá-los.
No escuro do cinema, entre os destroços de uma sala de exibição decadente, a CD cumpre a sua missão. Engole rolas, bate punhetas, leva no rabo. Ela entende que nasceu para servir os homens, para satisfazê-los. Ela se transforma em mulher e se entrega voluntariamente. Doa seu corpo para o deleite dos homens.
A CD não busca satisfação. Seu próprio prazer fica em segundo plano. Ela quer provocar o orgasmo do homem que a escolheu. Essa é a sua prioridade. Quando ele goza, quando o fluido jorra, a CD se sente completa, realizada.
Por que a CD age dessa maneira? O que está por trás dessa entrega sem limites? Dessa submissão cega?
A crossdresser é uma mulher, presa em um corpo masculino. Assim, muito de seu comportamento tende para a aceitação de ser a passiva, aquela que se submete à vontade do macho. A CD cede, porque sua genética foi construída para ceder, se entregar, doar-se ao parceiro.
Se isso acontecesse com o envolvimento de sentimentos, de amor, de paixão, seria a realização plena. Mas na vida real isso parece muito distante. Algo inalcançável, como acordar de manhã e descobrir que no lugar do pinto surgiu uma pepeca. Então, a CD busca o prazer ao gerar prazer no outro. Ela é solidária. Não importa que o outro seja o egoísta, alguém que quer apenas seu próprio prazer. O sexo fugaz no escuro do cinema em detritos torna-se a escapatória de uma existência sem muitas saídas visíveis.
Com o tempo, a CD vai ganhando coragem e começa a sair sozinha. Recordo das primeiras experiências, circulando pela baixo Augusta, Paulista, Ibirapuera...
No Cine Arouche, a experiência é levada ao extremo, porque a CD compreende qual é a sua verdadeira vocação. Saciar homens. Usar sua boca, seu traseiro, o meio das coxas, as solas dos pés, as mãos para aliviá-los.
No escuro do cinema, entre os destroços de uma sala de exibição decadente, a CD cumpre a sua missão. Engole rolas, bate punhetas, leva no rabo. Ela entende que nasceu para servir os homens, para satisfazê-los. Ela se transforma em mulher e se entrega voluntariamente. Doa seu corpo para o deleite dos homens.
A CD não busca satisfação. Seu próprio prazer fica em segundo plano. Ela quer provocar o orgasmo do homem que a escolheu. Essa é a sua prioridade. Quando ele goza, quando o fluido jorra, a CD se sente completa, realizada.
Por que a CD age dessa maneira? O que está por trás dessa entrega sem limites? Dessa submissão cega?
A crossdresser é uma mulher, presa em um corpo masculino. Assim, muito de seu comportamento tende para a aceitação de ser a passiva, aquela que se submete à vontade do macho. A CD cede, porque sua genética foi construída para ceder, se entregar, doar-se ao parceiro.
Se isso acontecesse com o envolvimento de sentimentos, de amor, de paixão, seria a realização plena. Mas na vida real isso parece muito distante. Algo inalcançável, como acordar de manhã e descobrir que no lugar do pinto surgiu uma pepeca. Então, a CD busca o prazer ao gerar prazer no outro. Ela é solidária. Não importa que o outro seja o egoísta, alguém que quer apenas seu próprio prazer. O sexo fugaz no escuro do cinema em detritos torna-se a escapatória de uma existência sem muitas saídas visíveis.
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