Sábado à tarde
Calor de 34 graus. Dentro do cinema aquela sensação de abafamento, as pessoas transpirando. Na parte de cima, naquilo que seria o "auditório superior", um grupo de homens suarentos reúne-se em torno de uma figura. Está escuro. Não dá para ver direito o que se trata.
Eu me aproximo e um homem negro, de bigode e camiseta, me pergunta se a personagem, que atrai tanta atenção, é uma mulher. As mulheres são raras no Cine Arouche, mas costumam dar as caras. E quando elas aparecem transformam-se em uma atração à parte.
Coloco a mão ali no meio e sinto a textura de um seio. Ela está dobrada e geme. Atrás dela, um sujeito mete, fazendo movimentos repetitivos. Logo ele acaba e entra outro em seu lugar. É aquele sujeito que tinha me perguntado se era uma mulher. Ele coloca a camisinha. Enterra na mulher e goza em pouco mais de um minuto.
Ao passar por mim, confirma: "É mulher".
A movimentação continua. Entra outro cara no lugar dele e recomeçam a movimentação e os gemidos.
Perco o interesse e vou para o "auditório inferior".
Calor de 34 graus. Dentro do cinema aquela sensação de abafamento, as pessoas transpirando. Na parte de cima, naquilo que seria o "auditório superior", um grupo de homens suarentos reúne-se em torno de uma figura. Está escuro. Não dá para ver direito o que se trata.
Eu me aproximo e um homem negro, de bigode e camiseta, me pergunta se a personagem, que atrai tanta atenção, é uma mulher. As mulheres são raras no Cine Arouche, mas costumam dar as caras. E quando elas aparecem transformam-se em uma atração à parte.
Coloco a mão ali no meio e sinto a textura de um seio. Ela está dobrada e geme. Atrás dela, um sujeito mete, fazendo movimentos repetitivos. Logo ele acaba e entra outro em seu lugar. É aquele sujeito que tinha me perguntado se era uma mulher. Ele coloca a camisinha. Enterra na mulher e goza em pouco mais de um minuto.
Ao passar por mim, confirma: "É mulher".
A movimentação continua. Entra outro cara no lugar dele e recomeçam a movimentação e os gemidos.
Perco o interesse e vou para o "auditório inferior".
O Cine Arouche é mundo dentro do mundo.
Lá dentro, são outras as regras, outros os comportamentos. Se em qualquer espaço público da cidade é proibido fumar, dentro do Cine Arouche o pessoal fuma, como fumava no passado antes das novas legislações. Não há um segurança, um encarregado, que vá até o fumante e o obrigue a apagar o cigarro. O resultado é sufocante: a sala se torna mais abafada, enfumaçada e o ar irrespirável.
Não há a menor preocupação com a limpeza. O sujeito toma cerveja e atira a lata vazia com violência no chão. Ou deixa a lata em cima de uma poltrona ou nas divisórias. Essa lata será fatalmente chutada por alguém no escuro.
O chão fica coberto de lixo. Principalmente, papel higiênico, coberto de esperma.
Esse lixo é varrido em períodos distintos do dia ou da noite. Um funcionário acende a luz da sala de exibição, com as pessoas ali dentro, e vai varrendo sem cerimônia o lixo. A operação é demorada. Cerca de 40 minutos, para o infeliz varrer aquela montanha de papel higiênico, camisinhas usadas, embalagens. Essa sujeirada é enfiada em um balde de lixo de 100 litros e retirada lentamente pelo faxineiro.
A despreocupação com a limpeza motiva o sujeito que cospe no chão e que urina nos cantos escuros. Às vezes, você está sentada na plateia e sente algo escorrendo perto de seus pés: é urina que desce lentamente.
Amanhã, vou falar dos banheiros.
Aguarde...
Lá dentro, são outras as regras, outros os comportamentos. Se em qualquer espaço público da cidade é proibido fumar, dentro do Cine Arouche o pessoal fuma, como fumava no passado antes das novas legislações. Não há um segurança, um encarregado, que vá até o fumante e o obrigue a apagar o cigarro. O resultado é sufocante: a sala se torna mais abafada, enfumaçada e o ar irrespirável.
Não há a menor preocupação com a limpeza. O sujeito toma cerveja e atira a lata vazia com violência no chão. Ou deixa a lata em cima de uma poltrona ou nas divisórias. Essa lata será fatalmente chutada por alguém no escuro.
O chão fica coberto de lixo. Principalmente, papel higiênico, coberto de esperma.
Esse lixo é varrido em períodos distintos do dia ou da noite. Um funcionário acende a luz da sala de exibição, com as pessoas ali dentro, e vai varrendo sem cerimônia o lixo. A operação é demorada. Cerca de 40 minutos, para o infeliz varrer aquela montanha de papel higiênico, camisinhas usadas, embalagens. Essa sujeirada é enfiada em um balde de lixo de 100 litros e retirada lentamente pelo faxineiro.
A despreocupação com a limpeza motiva o sujeito que cospe no chão e que urina nos cantos escuros. Às vezes, você está sentada na plateia e sente algo escorrendo perto de seus pés: é urina que desce lentamente.
Amanhã, vou falar dos banheiros.
Aguarde...
Adoro seu blog e suas postagens, finalmente alguém de carne e osso falando coisas sinceras"
ResponderExcluirfer.bis@outlook.com
Obrigada. Que bom que você gostou . Bjos.
ExcluirNossa, você tem uma escrita bem elaborada, curti o blog.
ResponderExcluirMe chame de seu anônimo fiel rs
Não seja anônimo a vida toda. É bom se conhecer e realizar fantasias.
ExcluirEu quero.muito conhecer vc Bárbara
ResponderExcluirVamos nos conhecer então...
ExcluirAchei seu blog bem interessante e você escreve muito bem. Parabéns... Já fui durante alguns anos frequentador dos cinemoes em SP... Pena que restam poucos e....
ResponderExcluirObrigada. Você deixou de frequentar os cinemões? Restam bem poucos mesmo. Bjos.
Excluirfaz alguns anos que não vou a nenhum cinema.... acho que pela idade, meu corpo já não é mais o mesmo....mas sinto saudades desses tempos.
ExcluirVou sentir saudades também, quando não puder mais frequentá-los.
Excluiro Arouche foi o rpimeiro cine que eu fui.... isso em 1995...eu tinha 18 anos..... depois passei anos frequentando o alvorada....o saci ...o las vegas.... o roma... e tantos que ja nao existem mais....
ResponderExcluirVou la pra matar a saudade .... que sabe voce esteja por la.....
Você é novo ainda. Tem 42 anos, acredito. O que aconteceu com o seu corpo? Engordou?
ExcluirEngordei.... ae meu pau que ja [e pequeno ficou menor ainda...kkkkkkk....
Excluirolá Barbara quero te leitar,beijo bonequinha me avise ta bom<.Peter
ResponderExcluirQuero ejacular dentro da calcinha sentindo meu cu se alargando.
ResponderExcluirEstou no interior de sp, código ddd prefixo 15
Não quero sexo virtual, prostituição ou e mail de gente curiosa.
Ao meu enviar e mail se apresente, informando qual cidade mora, como é fisicamente, quais dias e horários pode sair e o que deseja fazer comigo.
cdtanguinha@outlook.com
cd tanguinha arroba ou look ponto com
É vc na foto, Bárbara?
ResponderExcluirSegredo...
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