sábado, 21 de março de 2020

Lambida, mas não comida




Dias antes de o governo me mandar para a quarentena, baixei na sauna. Na entrada, esbarrei em um senhor de bermuda bem curta, camiseta e rasteirinha. As unhas dos pés dele pintadas de vermelho extravagante. A coloração das unhas contrastava com o cabelo ralo e branco dele. 

Enquanto ele saía da sauna, eu estava entrando. Assim como ele, minhas unhas também tinham sido bem tratadas no cabeleireiro. A pedicure usou o esmalte Vult, descrito como "meu vermelho 5". 

Tirei a roupa. Guardei no armário. Tomei uma ducha rápida. Enquanto estava no chuveiro, percebi os olhos daquela rapaz em mim. Foi só eu subir para ele vir atrás.

No dark room, ele me abraçou e começou a me beijar. Senti a rola dele ganhando força e se infiltrando entre as minhas coxas. Ele devia ter uns vinte e poucos anos. Barba bem tratada, peito peludo, cerca de 1m73 de altura, sem nenhuma miligrama de gordura no corpo. Apenas músculos. 

No dark room, é assim. Você se entrega. Se der química, você e o cara acabam indo para a cabine. Foi o que aconteceu. Ele me pegou pela mão e me levou até a cabine mais próxima. Foi só eu deitar para ele vir por cima, me beijando daquele jeito amoroso, que toda cdzinha reza para encontrar um dia. 

O problema é que a cama (na realidade um catre mal-ajambrado) tinha uma espécie de travessão bem no meio. Ou seja, minhas costas ficavam apoiadas nessa madeira, enquanto o restante do corpo afundava na espuma disforme. Era como se eu fosse ser dividida pela metade.  

Levantei. Peguei ele pela mão e saímos de lá. Achamos outro reservado. Desta vez, sem o maldito travessão.

Soltei o corpo e deixei-o me dar o tratamento completo de língua. Depois de me beijar na boca por um tempo razoavelmente longo o suficiente para eu me apaixonar, ele atacou os seios (deteu-se muito tempo nos bicos para meu delírio), o umbigo, meu grelinho, as coxas, os joelhos e ao chegar nos pés fez o que todo podólatra sonha em fazer. Lambeu minuciosamente cada dedinho. Cheirava entre os dedos. Enfiava o nariz nos interstícios, deliciando-se com o aroma. Era um gourmet no melhor restaurante francês. Ele tocava com admiração os dedos dos meus pés, observando a coloração do esmalte, o formato, o contorno. E voltava a lamber daquele jeito dedicado, minucioso, em que cada dedo tem sua existência plena e merece ser recompensada.

No momento seguinte, ele me virou de bruços e atacou meu cuzinho. Senti a língua penetrando em mim, afundando-se, como se fosse crescer até ser capaz de me violar. Depois, deitou-se sobre mim, esfregando a rola na entrada. 

Aí foi a minha vez de lhe dar o tratamento vip. Fiz tudo o que ele havia feito em mim. Dei o famoso banho de língua nele, lambendo e chupando aquela rola deliciosa.

Deitei de costas na cama e ele veio por cima de mim. Disse que me amava, que eu ia ser a esposa dele para sempre, que eu era a mulher da vida dele...Enfim, essas coisas que os caras dizem quando estão a um minuto de enterrar em você e descarregar o leitinho. 

Só que ele não enterrou em mim. Ele começou a se esfregar, o pinto fazia luta de espadas com a minha rola. Ele estremeceu. Gemeu alto e gozou substancialmente sobre a minha barriga. 

Ficamos deitados, enquanto ele me beijava e dizia palavras carinhosas, me chamando de gostosa, de delícia, que ia me amar para sempre. 

Sentei no rosto dele e me virei em direção à rola que ainda não estava completamente mole. Comecei a me masturbar. Gozei com a língua dele enterrada no meu cuzinho, o meu rosto apoiado no pinto que perdia o vigor.

A gente ficou ainda um tempo abraçados, nos beijando e fomos embora, trocando endereços que sabíamos nunca mais iríamos rever.    

2 comentários:

É tudo verdade