terça-feira, 2 de junho de 2020

Saciando o desejo




A minha quarentena se encerrou hoje. Desde março que não trepava. Foram três meses na mais completa secura.  Com bares fechados, saunas fechadas, o cinemão lacrado, os pontos de pegação impegáveis...A gente precisa recorrer à criatividade. Foram poucas as ocasiões que deu certo, mas hoje, felizmente, correu tudo como eu imaginava. 

É uma loteria. Você entra na sala de bate papo e começa a conversar com alguém. Quase sempre dá em nada. O cara acaba não topando. Faz exigências irritantes ("manda mais foto", "abre a cam", "entra no skype") e acabo desistindo da conversa. 

Só que outro dia acertei na mosca. Comecei a conversar com esse rapaz, muito educado, discreto e o papo evoluiu para troca de e-mails. Prefiro trocar e-mail, porque, quando passava meu WhatsApp na sala , recebia no dia seguinte umas mil imagens de pintos. Pintos gordos, compridos, tortos, enormes, pequenos... 

No dia seguinte, ele respondeu ao e-mail e a gente definiu que nos encontraríamos no centro. Por uma questão de segurança, só recebo em meu apartamento quem eu conheço há muitos anos. Para uma primeira vez, prefiro me encontrar com a pessoa em um café, num bar, em locais públicos. Como tudo está fechado, a gente optou por ir a um hotel.

A gente trocou fotos. Descobri que ele era negro. Ele me mandou uma do pinto (por solicitação minha). Disse que tinha medo de ir em um hotel, com uma desconhecida. Me contou de um amigo que foi vítima de chantagem, porque estava em um hotel com uma trava. Enfim, essas coisas chatas que acontecem. 

Conheço um hotel aqui no centro de São Paulo que fica em uma rua muito tranquila. Como ele é casado, tem filhos, não pode se arriscar a ser visto. Acertamos que o encontro seria hoje, às 10h, nesse hotelzinho simpático.

Saí de casa meia hora antes. Atravessei o Largo do Arouche. Entrei pela rua Rego Freitas e cheguei ao hotel, com tempo para pegar a chave do quarto (número 13). Subi e me preparei (retoquei a  a maquiagem, o batom), segurando a ansiedade.

Pedi para ele chegar às 10h e bater três vezes na porta. Fazia tempo que não passava por essa emoção. O quarto era até amplo. Sentei em uma mesinha lateral. Cruzei a perna e fiquei de olho no celular. Faltavam três minutos para as 10h. 

Comecei a ficar nervosa. E se ele não aparecesse? E se toda aquela ansiedade virasse apenas frustração? Os três minutos demoraram meia hora para passar. Coração batia forte. Pés e mãos estavam gelados. Me olhei no espelho umas cem vezes. Fui repassar o batom e estraguei o contorno da boca. Tive de corrigir rapidamente, com a mão trêmula.

 Estava com o meu vestido preto preferido, minha calcinha da sorte e rasteirinha nova. E se ele não gostasse de mim? Virasse as costas e fosse embora? 

Às 10h em ponto, ouvi três batidas na porta. Era ele. Meu coração disparou. Girei a chave. Abri e ele entrou. Veio sorrindo. Me beijou e foi tirando a roupa. Cabeça raspada, físico atlético, poucos pelos no corpo. 

Pedi para ele deitar na cama e me aproximei lentamente do meu objeto de desejo. Alguém sedento, quando recebe um copo de água, vai engolir tudo de uma vez, esbaforido vai deixar o líquido escorrer pelos cantos da boca. Comigo foi o contrário. Toquei a rola dele com delicadeza, com carinho. Dei umas lambidas suaves. Encostei meu rosto nela, para sentir o contato. Era um belo pinto ali diante dos meus olhos. Comecei a chupar e ele ficou do jeito que eu gosto. A gente se beijou, se lambeu. Minha calcinha foi tirada e jogada em algum ponto longínquo do quarto. Ele me virou e lhe ofereci minha bundinha. 

Ele pôs a camisinha e perdeu um pouco da ereção. Estava nervoso. Também muito ansioso com o nosso encontro. Aproveitei para passar gel lubrificante e fiquei deitada com o cuzinho pra cima, esperando a penetração. 

Ele veio por cima e começou a meter. Depois de três meses, finalmente, eu era usada por um macho. Ele dizia: "Estava querendo rola, putinha? Estava?". Eu dizia: "Muito. Queria muito uma rola dura em mim." 

Trocamos de posição. Ele experimentou de ladinho. Me comeu também de frango. Lambia meus seios. Me beijava a boca. E enfiava com vontade, a rola cada vez mais dura. Muita virilidade nas arremetidas. Meu grelinho mole, de cdzinha, balançava de um lado para o outro, enquanto era enrabada.

Deitada de costas, ele se posicionou de joelhos na cama e ergueu minhas pernas. Pegou meus pés e os juntou, de uma forma que as solas unidas talvez ficassem parecendo uma bucetinha. Enquanto metia em mim, passava meus pés pelo rosto dele. A língua soberana. 

Ele me avisou que ia gozar. Pedi para ele sair de dentro de mim. Ele tirou o pau e arrancou a camisinha.

"Goza na minha cara"?, pedi.

Ele posicionou um joelho ao lado da minha orelha esquerda e o pé no outro lado. Começou a bater uma punheta na minha boca. Acredito que em menos de um minuto ele deu início aos gemidos mais fortes e gozou sobre o meu rosto. Me cobriu de leitinho em profusão. 

Ele descansou um pouco, deitado na cama, enquanto eu chupava o pau mole, que havia acabado de descarregar sua carga. 

Ele precisava trabalhar. Foi tomar banho e a gente conversou ainda um pouco, enquanto ele se trocava. Disse que tinha sido muito bom e pediu desculpas por estar nervoso. 

Ele pôs a mochila nas costas e se preparou para ir embora. "Estou esquecendo alguma coisa?", perguntou.

"Se você esquecer, eu te entrego depois", falei.

Ele me beijou mais uma vez na boca e foi embora. 

Peguei a toalha e fui tomar uma ducha, quando reparei que ele havia esquecido a carteira, com todos os documentos, cartões bancários e dinheiro.

Coloquei o vestido e saí descalça, correndo para chamá-lo. Um cara estranho, no corredor, mexendo no celular, me olhou espantado.

Voltei para o quarto. Tomei uma ducha rápida. Quando estava me secando, ouvi bater na porta. Prendi a toalha no corpo e fui abrir.  Entreguei a carteira para ele e disse que Freud explicava esse tipo de esquecimento.

Ele sorriu e desapareceu pela escada do hotelzinho simpático.   
        


3 comentários:

  1. Estou precisando de uma boa foda, alguma cdzinha em Araraquara ou região me chama silvajhonealves@gmail.com
    Meu está doendo, não estou dormindo direito ☹️

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  2. Largo do Arouche, Rego Freitas...
    Bárbara, conhece a rua Jaguaribe?
    Paulo.

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  3. Conheço a rua Jaguaribe. Fica aqui perto de casa.

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É tudo verdade