Barbara Goulart é uma das travas mais bonitas do Brasil. Talvez a mais linda. Ela é meiga, suave, simpática, atraente e tem um corpo delicioso. Assisti aos vídeos protagonizados por ela e fiquei decepcionada. São produções grosseiras que não fazem jus à atriz. Os filmes seguem a linha das Brasileirinhas. A gente vê Barbara ser obrigada a engolir a pica uma, duas, três, cem vezes. Cada vez mais fundo. Até ela engasgar. Isso dá tesão? Em mim não dá. Fico me sentindo mal. Nas cenas seguinte, os atores vão meter nela até dizer chega. Cenas repetitivas, sem graça, sem tesão.
Assisti recentemente um pornô japonês em que a noiva crossdresser é comida pelo noivo na lua de mel. A produção deve ter uma meia hora de duração e é bem diferente do que a gente assiste por aqui. Chama-se She Male Bride:
Se você assistir verá que a noiva cross é beijada, acariciada, lambida, tratada com muito carinho pelo homem. Ele dá especial atenção ao grelinho. Vai virá-la. Lamber durante um bom tempo a cucetinha para só depois enfiar bem gostoso. Tem beijo na boca. Tem romantismo. As expressões da cross, enquanto está sendo comida e beijada, são muito sensuais e provocam tesão e desejo em quem assiste.
Os filmes estrelados por Barbara Goulart poderiam seguir na mesma linha. Os atores escolhidos para contracenar com ela fazem o gênero macho das Brasileirinhas. Parecem ter raiva de estar transando. É como se precisassem descarregar suas frustrações na outra.
Enquanto Barbara Goulart é carinhosa, gentil, tratando seu parceiro com muita atenção e respeito; o parceiro delas, nas cenas do filme, faz exatamente o contrário. É agressivo, grosseirão, irritado. O pior deles é um motoqueiro de boca mole e insossa. Outro macho usa boné durante a foda. Por quê? Ele é garoto de programa? O boné seria sua identificação, sua marca pessoal?
E Barbara aparece em todas as cenas de foda, usando uns sapatos desconfortáveis. Gente, não dá pra trepar de sapato de salto alto. Até daria, mas é mais gostoso sem nada...Um desastre coletivo.
Barbara Goulart é garota de programa. Tem um belo site: https://www.barbaragoulart.com/, com ensaios bem produzidos. Se homem eu fosse e dinheiro tivesse, juro que casava com ela. E tenho dito.
Olá, sou uma crossdresser madura. Desde os 16 anos, gosto de usar roupas femininas. Adoro me relacionar com homens ativos, carinhosos e que me respeitam. Prefiro sempre real ao virtual. Razões para ficar com uma Cdzinha: Nunca ficam cansadas de sexo; Não reclamam de sexo anal; Nunca vai ouvi-las dizer "não engulo"; Sabem o seu lugar; Você não precisa perguntar duas vezes. O Ministério das Cdzinhas adverte: Este blog causa dependência e tesão. Importante: este blog é limpo. Sem publicidade.
quinta-feira, 28 de setembro de 2017
terça-feira, 26 de setembro de 2017
Sexo virtual
Ontem à noite, conversei com um rapaz de Cardeal, interior de São Paulo. Fizemos um primeiro contato pela cam. O negócio travou. Depois conseguimos retomar o papo. Ele foi ficando excitado, com o pinto bem duro. O cacete dele chegava fácil, fácil, no umbigo. Tinha proporções avantajadas. Então, colocou uma camisinha e se masturbou, enquanto eu ficava de quatro na poltrona e mostrava minha bundinha para ele. Foi legal quando ele gozou, porque vi a camisinha se encher de porra. "Você me leitou", comentei com ele.
É claro que prefiro sexo real ao virtual. Faço virtual de vez em quando. Nem sempre a cdzinha dá sorte. Aparece muita maricona, que só está interessada em ver seu dote. O pior são aquelas que começam mostrando o pinto e depois terminam de quatro, com a bunda virada para você. Gente, não estou interessada em bunda. Quero pinto. Dá para entender? Parece que não. As mariconas enganam a gente na sala de bate-papo com nicks do tipo "Ativo", "Pau grosso", "Kasado Ativo". É só você abrir a cam, para a maricona tirar a cueca e virar a bunda para você.
Tem aqueles pinto moles, desinteressados. O sujeito (geralmente um barrigudo) abre a cam e mostra uma cintura coberta de gordura e pelos. Tão atraente como um porco-espinho com TPM. Aquele pinto bem mole, sem energia. E o cara mexendo nele, tentando reanimar o que parece morto.
Os garotos, é claro, estão sempre com as picas duríssimas e gozam bem depressa. É só você ficar de quatro, levantar o vestido e tirar lentamente a calcinha que eles já estão gritando e gozando.
Em alguns casos, mesmo estando em uma sala de bate-papo chamada "crossdresser", ainda aparece um desinformado achando que está falando com mulher. Não acredita? Outro dia, estava teclando com um rapaz. Abrimos a cam e ele me pediu: "Agora, mostra a buceta..." Como é que é? Quando expliquei para ele o que era uma cdzinha, o sujeito ficou muito bravo. Sabe deus o que ele achava que significava o termo crossdresser.
Não tem hora para sexo virtual. De manhã, à tarde, à noite, de madrugada tem sempre um cara com pinto duro, precisando se aliviar. Antigamente, quando não havia cam, a gente ia teclando, a tensão sexual se elevando ao longo da conversa. O sujeito escrevia: "gozeiiiiii". É claro que não tinha como confirmar. Depois da cam, você vê o cara gozar na sua frente. Alguns aproximam bem o cacete na cam e derramam o leite bem gostoso. No futuro, o fluido vai espirrar na sua cara.
Muitos gostam de enganar. Dizem: "estou quase gozando". Você se masturba para ele. Goza. E, quando ele vê você derramar o leitinho, desliga a cam. Ele não queria gozar, queria ver você gozar. Por que não falou isso no início da conversa? As pessoas são desnecessariamente ardilosas.
Na sala "louco por pés", é difícil engatar conversa, porque são poucos os que gostam de cdzinhas. Mesmo assim, de vez em quando, aparece alguém que diz "adorar cd" ou "amar pés de cd". O podólatra da cam está sempre com muito tesão. Ele gosta de ver as solas, ama quando as unhas dos nossos pés estão pintadas. Pedem para a gente aproximar a unha da cam. E se masturbam violentamente. Outros preferem que a gente coloque os pés ou as solas bem perto da cam para gozarem copiosamente. Podólatra é sempre uma boa. Tenho dito.
quinta-feira, 21 de setembro de 2017
O primeiro biquíni
Durante curto espaço de tempo (seis meses?) antes de o apartamento ser
vendido, ficou disponível para a família. Minha irmã chegou a levar
para lá biquínis, guarda-sol e esteira de praia. E só.
O lugar era decorado com
meia dúzia de peças atiradas no chão. Nem um prego, pregado na parede. Na época, tinha 16 aninhos. Desci no ponto, onde ficava o prédio do apartamento, e me dirigi
para lá. Tinha a chave no bolso e a pressa de quem precisa se aliviar.
O prédio
era imenso. Um vespeiro. Lotado de quitinetes. Quando os proprietários
chegassem para as férias de verão, o paliteiro se transformaria em um lugar tão
quente e transtornado como uma usina nuclear com as fornalhas ligadas a todo
vapor.
Naquela
tarde de sol, havia pouca gente no prédio. Quando coloquei a chave na porta e
entrei, senti uma liberdade como nunca experimentara antes. Pela primeira vez
na vida, estava completamente sozinha. Entregue a mim mesma.
Abri a janela. No
lugar do mar, havia outro prédio, tão gigantesco como aquele onde me
encontrava, com portas iguais, corredores que se sucediam, cruzavam, em um
espetáculo luxuriante do descalabro arquitetônico da especulação imobiliária. O
mar ficava à esquerda. Para vê-lo, era preciso esticar o pescoço, pendurar-se
no parapeito e, mesmo assim, o oceano parecia um corte no cimento, que o
rodeava, e não o contrário.
Fechei a janela. Abri a esteira. Tirei a roupa e
deitei. Ia me masturbar. Pelo menos umas duas vezes para aliviar a tensão
sexual que começava a me incomodar. O problema é que tinha me acostumado a ter
prazer esfregando-me na cama e em lençóis.
Ali, não havia nada parecido,
somente a esteira fina como casca de ovo de galinha presa em cativeiro. Não
sei exatamente como aconteceu, mas apanhei um dos biquínis que estavam jogados
no chão. Não lembro a cor, não lembro o modelo, só me recordo que eram duas
peças.
Nu, encarava aquilo como uma ponte, uma travessia perigosa. Não sabia o
que me esperava do outro lado, mas tinha medo. Devo ter checado se a porta
estava bem fechada. Devo ter hesitado muito até finalmente ganhar coragem
suficiente para vestir a calcinha e o sutiã, que formavam o maiô duas peças.
Pus a calcinha e lentamente a parte de cima...Faltava um espelho. Queria me admirar. Queria ver como eu tinha me transformado em uma mulherzinha.
Pus a calcinha e lentamente a parte de cima...Faltava um espelho. Queria me admirar. Queria ver como eu tinha me transformado em uma mulherzinha.
Lembro de ter tido uma ereção fulminante. Esfreguei-me na esteira e alcancei o
clímax, tomando o cuidado de baixar a calcinha para não sujar a peça. Derramei
a seiva sobre a esteira áspera.
Estava com 16 anos e o esperma saía com propriedade.
Pós gozo, senti muita vergonha. Antes de ejacular, desfilei pelo apartamento de biquíni. Rebolei. Fazia trejeitos... Deus do céu! Tinha me transformado em um flozô.
Ainda não sabia, talvez desconfiasse, mas naquele exato instante morria o menino e nascia a menina. Minha primeira vez...E uma vez crossdresser, a vida toda crossdresser.
Pós gozo, senti muita vergonha. Antes de ejacular, desfilei pelo apartamento de biquíni. Rebolei. Fazia trejeitos... Deus do céu! Tinha me transformado em um flozô.
Ainda não sabia, talvez desconfiasse, mas naquele exato instante morria o menino e nascia a menina. Minha primeira vez...E uma vez crossdresser, a vida toda crossdresser.
quarta-feira, 6 de setembro de 2017
Segunda-feira é dose no cine
Segunda-feira à noite...O cine vazio. Uma trava fumando sai com um idoso e rumam para uma das poltronas. A trava se posiciona, com a bunda em pé, disponível, e o coroa enfia nela. Um grupinho de curiosos e masturbadores fica ali em volta.
Depois, ela vai ao banheiro. Quando retorna, está fumando novamente. A trava se posiciona no murinho do fundo e é arrebatada por uns cinco ou seis.
Um garoto, de bermuda e a camisa enrolada na mão, gesticula e grita. Não dá para entender o que ele está falando, nem com quem. O cine tem disso. Gente que grita, fala em voz alta. Liga o celular. Ouve música. Um morador de rua, com dois sacos cheios de algo que parece roupa, se acomoda na poltrona e vai dormir. Na tela, as pessoas metem sem parar. Gritam, gemem e matam a plateia de tédio.
Passo por um sujeito, usando crachá. Falo para ele: "Você está de crachá" E ele responde: "E daí? O que você tem com isso?". Gente educada. Gente fina.
Uma trava recolhe suas coisas e comenta: "Vou encerrar por aqui. O dia hoje não valeu".
Eu, no maior deprê. Estava louca por uma pica e vou ficar na saudade. Nisso, aparece um tipo barbudo e cabeludo, usando paletó. Parece Raul Seixas transformado em zumbi. Ele se aproxima demais do meu corpo, o suficiente para sentir o bodum que vem dele. Digo que estou esperando um amigo e ele vai embora.
Pronta para ir embora e encerrar o expediente, vejo o rapaz barbudo de mochila se aproximar. Ele vem devagar. Posiciona-se atrás de mim e começa a me encoxar. Sinto a rola dele dura dentro da calça e mexo a bunda, rebolando gostoso.
Ufa! Parece que a noite não será de todo perdida. Ele me pede gentilmente uma camisinha. Dou o preservativo para ele. Ele coloca e enterra em mim. Enfia bem gostoso. Geme. Me beija o pescoço de leve. Continua enfiando, enterrando. Tirando e pondo. Bem devagar, bem suave, bem tesudo.
Ele retira o pau, tira a camisinha e me pede para bater uma punheta. Pego no pau dele, que está bem duro e molhado. Acaricio a rola, pronta para descarregar. "Mexe nas minhas bolas", ele pede, a voz trêmula. Com uma mão o masturbo e com a outra recolho as bolas, sentindo seu peso e a densidade. Ele geme mais alto e avisa: "Vou gozar". Descarrega tudo na minha mão. O leitinho quente e vigoroso.
Me dá um beijo no rosto e vai embora. Espero um pouco e vou embora também. Segunda-feira à noite no cine é uma roubada, mas tem sempre alguém para a gente dar aquela mão.
terça-feira, 5 de setembro de 2017
A piranha ataca na piscina
Era sábado à tarde e
eu dava uma de piranha na hidro da sauna. O moreno, que não parecia apetitoso
à primeira vista, estava, entre as bolhas, formadas pelo motor da
hidro. Fiz o movimento de aproximação costumeiro e em minutos masturbava-o
com os pés. O badalo duro, circuncidado, penetrante. O amasso na piscina foi
mais longo que o habitual. Devemos ter ficado uma hora na água, trocando posições
e preferências. Ora ele me chupava, ora eu o chupava. Ora ele punha o
cacete entre as minhas coxas, ora fazia isso nele. Quando nos demos conta, éramos um casal apaixonado, se
beijando na boca, fazendo carinho.
A sintonia era tão boa e tão rara que quem
nos visse acharia que estávamos juntos há anos. Gostava do jeito dele de me olhar, de
agarrar meus mamilos e os lamber. Ele não mordia, não dava chupões, não
provocava dor desnecessária. Era um embalo perfeito, agradável, apaixonante.
Quando não aguentávamos mais, subimos para o reservado. Deitei de costas
sobre as toalhas que ele havia estendido sobre o catre como se fosse um lençol
de linho claro. Ele pegou meus pés e iniciou o trabalho pela base.
Passei as solas sobre o peito peludo dele, sentindo uma sensação deliciosa.
Ele se deitou sobre mim para me comer pela cucetinha, do jeito que eu gosto. A gente se beijava na boca, ele
enfiava, tirava e voltava a pôr. Minhas pernas subiam, agarravam as
nádegas dele e o empurravam para dentro.
As posições sucediam-se de uma maneira
harmoniosa, sem que estivéssemos preocupados em seguir o rígido e burocrático
manual da foda perfeita. Eu ficava de lado e ele me penetrava, com a minha perna subindo, abrindo-se como se fosse um compasso. Ele me punha de
“frango assado” e minhas pernas subiam lá para o alto, por sobre os
ombros dele. Não dizíamos nada e os encaixes eram perfeitos. Os corpos falavam: “Feitos um para o
outro.”
A minha pele aceitava a pele dele sem objeção. Ficava de pé, de quatro, enquanto ele
enfiava sem pressa, sempre beijando e acariciando.
Ele deitou-se de costas, com o porongo absolutamente ereto esperando por mim.
Lambi o corpo dele,
começando por baixo e por fim sentei no mastro. Empalada como se deve, pedi para morrer
naquele momento. Minhas mãos sobre o peito cabeludo dele, minha boca descendo, caindo
lentamente em direção à boca que me esperava. A gente se beijava, se lambia e ao
mesmo tempo eu era empalada, preenchida, completada por uma pica
pontuda e resoluta.
Dentro do reservado perde-se
a noção de tempo, porque não tem janelas. Você ouve os casais gozando e gemendo
nos reservados vizinhos, mas não tem ideia dos minutos, de quanto tempo se
passou desde que a porta se fechou. Às vezes, você ouve alguém apanhando na
bunda, escuta o ruído dos tapas (ou das chineladas esquentando uma bunda) e
como isso está sendo bom para quem bate e para quem apanha. Às vezes, é a chave
do armário, presa geralmente nos tornozelos, que balança e faz barulho de
sininhos de Natal.
Sinal de que o seu portador deve estar com as pernas
erguidas, lá em cima, sendo chacoalhadas por uma pica colossal, cravada nas
profundidades. Dali a pouco, alguém grita, alguém goza com estardalhaço. Vem o
silêncio, um movimento breve de pés no chão e a porta que se abre, que gira nas
dobradiças precárias e se fecha rapidamente.
“Ele é o cara”, pensei depois do gozo.
Meu orgasmo veio,
correnteza engrossando ao longo do percurso, raízes e árvores arrastadas, terra
revolvida, força inexorável da natureza (para ser um pouquinho gongórica).
Deitada de barriga para
baixo, com ele por cima. Absolutamente relaxada a aproveitar cada segundo
daquela foda que fazia de mim a cdzinha mais rica do planeta. Sentia os
beijos em meu pescoço, a orelha lambida, o mordiscar no lóbulo, ele dizia que
eu era uma delícia, que gostaria me comer até o fim dos tempos, que a
minha bunda era seu destino. Enfim, essas bobagens que se dizem quando estamos
tesudos. Ele dava as estocadas, enterrava gostoso, a pélvis se chocando com minhas
nádegas, as bolas batendo lá embaixo, tentando entrar em mim.
Veio na forma de um rio
turbulento, uma corrente ensandecida, radical, transformadora, sem que eu
encostasse em meu pau (que não estava duro por sinal); veio vindo; veio vindo,
com muita força, com uma carga incontrolável, que me fez gemer a princípio, para
depois eu gritar como há muitos anos não gritava. Senti o corpo balançando,
tremendo, era um terremoto da epiderme, dos músculos, com espasmos
incontroláveis que mais uma vez me fizeram chorar e rir ao mesmo tempo.
Meu marido, pensei.
Ele tirou o mastro, que
ainda estava duro. Não tinha gozado. Disse que se guardaria para o “segundo
tempo”. Conversamos um pouco. Descobri que ele morava em um bairro distante,
que tinha uma oficina de costura com alguns empregados. Eu passava a mão
no peito coberto de pelos me sentindo Cinderela pós-foda. Fomos tomar banho e
sem encontrar uma razão lógica, saí da área dos chuveiros e fui me trocar, sem
me despedir dele.
Quando ele terminou o banho, me viu no bar, pegando a
ficha do acerto de conta. Estava trocada, vestida, o cabelo molhado, o
corpo úmido, fugindo dele, fugindo daquele lugar.
Na rua, pensei em voltar, em
fazer hora em uma lanchonete na frente e convidá-lo para jantar. Mas fui
embora, sabendo que nunca mais voltaríamos a nos cruzar. Era final de tarde quando
saí da sauna. O sol havia se posto e o céu, azul claro, com aquelas
reverberações vermelhas do dia quente que se acabou. Caminhava pelas ruas, com
um sorriso maroto nos lábios.
segunda-feira, 4 de setembro de 2017
O garoto nota dez
Era um rapaz franzino,
baixinho, sem nenhum atrativo físico. Mais tarde, abraçados, ele contou que
trabalhava em uma pizzaria de entregas a domicílio, localizada em um bairro distante. Ele comia o dono do lugar. Parecia idílico, mas revelou ser
perigoso (um assaltante invadiu o lugar e enfiou um revólver gigante em sua
cara).
Achei que nos veríamos outras vezes. Ele disse que seu sonho era conhecer a Disney World.
Via-se cumprimentando Mickey, Minie, aquela cambada toda. Passeando de trem, de
xícara virante, tendo vertigens na montanha-russa, vomitando no trem fantasma.
O garoto nota dez finalizou
três vezes na tarde em que ficamos juntos. Seu estilo, inigualável. A boca
vinha em direção à bunda e mordia, sem morder. Ele enfiava o nariz, tocava,
conseguia manter a orquestra em funcionamento com os metais de sopro em plena
atividade. Acionava os címbalos, a percussão, fazia um solo fantástico com o
violino, o piano era uma vertigem voluptuosa, como diria a bicha do Oscar
Wilde.
Eu gostava
particularmente do modo como o garoto chupava meus mamilos, como ele beijava.
Na primeira, ele se derramou
sobre o meu rosto. Passei os dedos como se fosse um creme
antirrugas. Senti a película grudenta na cara, máscara de visco, e fiquei
abraçada, tocando no instrumento do garoto nota dez.
Na segunda, fui
descendo e o engoli bem mole. Pus tudo na boca. Trabalhei à vontade com a
língua. Chupando e lambendo. Não demorou cinco minutos e o bilau estava
novamente duro e pronto. Deitada de costas, via o garoto chupar minha “cucetinha”. Pedia para o garoto: “Vem comer a minha cucetinha, vem...”
Ele
veio por cima e me beijou. Senti o cacete entrando. Ele me beijava na boca,
me lambia, chupava meus mamilos e enterrava tudo. Lembro de erguer as pernas,
de enroscar meus pés e empurrar a bunda do garoto em minha direção. O garoto nota
dez avisou que ia explodir e a passiva implorou: “Em mim... Me dá! Bem quente!”
Ajudei-o a tirar a camisinha. Repleta.
Transbordante. Tépida. Caiu ao lado. Imaginava que o garoto nota dez iria
embora. Sexo casual dura geralmente uma trepada. Raramente, duas. Três, então,
é pedir demais.
Na terceira, eu fiquei
deitada de bruços. Senti que ele vinha por cima e se esfregava em minha bunda.
Mordia a minha nuca de brincadeira, passava as mãos pelas coxas. Depois, ele me virou
e deu um trato em meus pés.
Com uma das mãos sustentava meu pé, para
lamber os dedinhos delicadamente, um por um. O garoto passou a língua pela
sola, percorreu o dorso, o tornozelo, enquanto com a mão livre me masturbava.
O garoto deitou de
costas. Me posicionei para sentar no mastro para o empalamento, descendo aos poucos,
sendo penetrada por um cacete novamente duro e penetrante, perfurantemente
duro.
Mudamos de posição várias vezes: fiquei de quatro, de frango assado, em
pé, de lado. A foda parecia não terminar. Ele perguntou onde eu queria
que ele terminasse.
“Entre os dedinhos”.
Senti o líquido derramar-se
entre os dedos dos pés, escorrer, pingar. Aproveitei para esfregar um pé no
outro, sentindo tudo grudento, usado, comido. Ficamos deitados por um tempo.
Depois, tivemos de encarar a realidade. Saímos de lá. Era noite.
Durante um ano,
aproximadamente, fantasiei que estava com ele na pizzaria. Abaixávamos a porta de
ferro e ele me comia sobre a bancada cheia de farinha, o forno ao lado, aceso,
queimando lenha.
Sonhava com o mastro, com a boca sobre meus mamilos, a língua
se enroscando nos dedos de meus pés. Se fizesse força, podia novamente sentir
quando ele me penetrava, quando comia a minha “cucetinha”. Se fechasse bem os
olhos, podia recriar aquela foda mil vezes gravada em meu couro a ferro quente.
Nunca mais revi o garoto nota dez. Onde ele andará?
Um podólatra delicioso
Uma tarde, deitada em
um dos cubículos, relaxava. Quase dormindo. Sentia uma espécie de torpor que
antecede o sono. No corredor escuro, em frente, observava o brilho
incandescente dos cigarros dardejando como vaga-lumes (na época, era permitido
fumar na sauna). Meus pés estavam voltados para o corredor, para a passagem. O
movimento, ao redor, era razoável, mas nada muito intenso ou perturbador.
Deitada, sentia o curvim grudando em minha costas suadas. Foi quando percebi alguém
tocando meus pés. Achei que era um carinho inicial que depois se prolongaria
pelo restante do corpo. Mas não era.
Tratava-se de um
podólatra. Isso mesmo! Um podólatra genuíno daquele que ficam horas entretido
em nossos pés, terminando por descarregar entre os dedos, entre as solas, uivando
de prazer por ter encontrado alguém que o compreende e que o trata com a devida
comiseração.
O podólatra era careca,
forte e tinha bigode.
Ele beijou, lambeu e
chupou um dos pés. Em seguida, partiu para o outro. Mais tarde, tratou os dois
juntos. Depois, novamente um dos pés; e depois o outro. Ficou assim por muito
tempo. A minha excitação crescia não propriamente pelo que ele me fazia,
mas pelo histórico ligado à podolatria, as solas sujas de uma amiga,
as modelos de lingerie na cama com os
pés descalços, as pernas e os pés, cruzando-se,
entretendo-se, entrecruzando-se.
Sentia o que a
namoradinha de 17 anos sente quando vem da escola, fica de
calcinha e sutiã e esfrega os pés no rosto do namorado, os pés suados, as meias
soquetes que se grudavam nos dedos, na planta do pé e descolavam quando
arrancadas, como se fossem uma segunda pele.
Ali, estava eu. Os dois pés para
cima sendo esfregados e passados no rosto do podólatra. O melhor momento foi
quando ele envolveu sua pica com os meus pés e masturbou-se.
Gozei, sem ser tocada. Tinha as pernas levantadas, com os tornozelos posicionados sobre
os ombros do podólatra. Sem pressa, o podólatra girava a cabeça, como um periscópio,
conduzindo a boca gentilmente em direção a um pé, depois para o outro. Aquilo
foi me derretendo, me conduzindo ao orgasmo, comigo fazendo escândalo, gritando
dentro do cubículo. Não sei se o podólatra terminou entre os dedos de meus
pés, ou se masturbou enquanto o lambia. Recordo de seus gemidos, de
seu abandono, daquele momento em que a “guerra” acaba e os combatentes estão
exaustos demais para fazer algum comentário. Segue-se um cansaço pesado,
tranquilizante, quando o melhor a fazer é recobrar as forças e seguir em
frente.
Embora eu tenha
muito tesão nos pés e goste de senti-los lambidos (chegando ao orgasmo
quando isso acontece), foram raros os podólatras que cruzaram meu caminho.
Às
vezes, muito raramente, durante uma foda, o parceiro fazia a gentileza de me
beijar os pés. Mas isso era tão difícil que, quando ocorria, eu chegava ao orgasmo
com rapidez e me sentia plenamente satisfeita naquele momento.
O normal era o
sujeito desviar-se dos pés quando eu os conduzia em direção a sua boca. A
maioria só queria ser chupado e enterrar em um rabo acolhedor.
Os podólatras são
raros, mas, quando eles cruzam meu caminho, pode ficar certo que será uma foda
para ser guardada no arquivo. Memorável.
Lembro-me de um
podólatra que pedia para ter o pé lambido. Começou na sauna seca. Depois,
nos movemos para um dos sofás que ficava em um longo corredor (os sofás voltados
para um telão que exibia vídeos pornôs). O podólatra tinha seus fetiches.
Só ejaculou quando lhe fiz uma felação anal. Antes, tinha brincado
de dominação, me obrigando a lamber meus pés, masturbando-se sem parar.
Cruzei com outro
podólatra nessa mesma área, onde ficavam os sofás. Relaxava, mantendo os pés
apoiados no braço do sofá revestido de curvim, quando o podólatra aproximou-se.
Fez um carinho em seu pé. Reagiu positivamente. Em seguida, dividimos o sofá,
lambendo e beijando os pés. Coloquei um dos pés junto da boca do podólatra. Do sofá fomos para o reservado e trepamos
por duas horas. O podólatra gostava quando as solas dos pés eram passadas sobre
seu rosto. A língua exposta resvalava no meu pé que ia e vinha sobre o
rosto dele. Depois que ele derramou o leite, persistiu até me levar ao orgasmo. Saímos abraçados
do reservado. Dei um tempo em cima. Quando vi que o podólatra saíra dos
chuveiros, tomei uma ducha rápida e fui embora.
Não trocamos uma palavra e o
sexo casual tinha sido incrível. Gostávamos das mesmas coisas, tínhamos afinidade
nos fetiches. A certeza de que ele seria um parceiro interessante. Alguém para
se telefonar em uma quarta-feira chuvosa e combinar uma foda gostosa em um
motel. Mas fiquei sem ouvir a voz dele. São inconvenientes do sexo
casual. Você encontra sua “cara metade” e desperdiça a oportunidade.
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