terça-feira, 23 de julho de 2019

No cinemão desertão



Tirei folga hoje do serviço. Baixei no cinemão à tarde. Por mais que eu conheça aquele antro, tem sempre uma surpresa desagradável nova. Hoje, era o chão molhado. Lavaram o cinema de alto a baixo. Então, você andava e pisava, de vez em quando, em uma poça. Pelo menos estava mais limpo.

O lugar, deserto. Quatro travas disputavam clientes imaginários. Elas andavam pela plateia, olhando para os lados, como cães perdigueiros. Nenhuma caça à vista. Triste. 

Aos poucos, vão aparecendo os machos. Os alphas. Vejo a trava Bianca Arouche conseguir um boquete. Ela fica de joelhos na poltrona, enquanto chupa o cacete do cliente. Vejo a bunda dela se destacando na escuridão do cine. O cara deve ter erguido o vestido para alisar a bunda. 

Estava no muro das lamentações - onde as bichas gemem - quando veio um coroa, meio duro, meio mole, e começou a se esfregar em mim. Ele ergueu meu vestido e passava o pinto na minha bunda. Com as duas mãos, agarrava meus seios e impulsionava o corpo, como se estivesse me comendo. Mas não estava. Pela experiência, você percebe que o cara vai desistir e sair para outra, tentando, talvez, vivenciar a experiência do pinto duro, memórias do passado.

O baixinho de cabelo espetado prometia. Ele veio com tudo em minha direção. O pau já envelopado. Chegou a me penetrar, estava me comendo, quando veio uma trava e comentou com ele: "Agora, ficou duro né?" Talvez, a trava tivesse tentando algo com ele e o baixinho teria broxado. 

Aliás, as travas são a principal causa da decadência terminal do cinemão. Elas enchem o saco dos frequentadores. Ficam naquele desespero de fazer programa. É lamentável. 

O fato é que o baixinho encabulou e saiu de perto de mim. 

Fiquei de olho até vê-lo aparecer novamente na plateia. Eles tiraram várias fileiras de poltronas. Com o tempo, não haverá mais poltronas. Somente o espaço vazio, por onde os fantasmas circularão sem destino. 

Ele sentou-se num cantinho bem vazio. Fui até lá e sentei ao lado dele. Coloquei minha pernas sobre perna dele. Meu vestido subu até em cima. 

Hoje, eu vestia uma roupa que adoro. É um vestido pretinho básico, que, antigamente, os estilistas chamavam de bandage dress. Ele fica colado ao corpo. Dá para você ajeitar e ele fica bem curto e realçando os seios. É uma delícia. 

A gente acabou indo lá para o fundão. É um canto escuro, bem ao lado da tela, que exibia mais um filme chato da coleção Brasileirinhas. A chatice neste País é inesgotável. Vai do filme pornô à política, passando pelos crentes que querem fazer sua cabeça no trem suburbano. 

O baixinho tirou meus seios para fora e começou a lambê-los. Chupou com vontade, enquanto com a mão boba sacou meu pau da calcinha e começou a me masturbar. Eu peguei a rola dele e também brinquei com ela. Ficamos ambos duros. 

Falei no ouvido dele: "Você quer enfiar essa rola gostosa no meu cuzinho? Depois, lavar meu rosto com seu leitinho?"

O pau dele ficou mais duro ainda. O baixinho enterrou em mim e a história acabou comigo de joelhos, levando banho de porra na cara, porque é esse o destino de toda cdzinha. Bom demais.

Fui ao banheiro. Me lavei e retornei ao muro das lamentações e, no minuto seguinte, apareceu um coroa delicioso. É desses que fazem você se derreter dentro do seu vestido bandage. Ele beija, tira seus seios pra fora e lambe cuidadosamente. Faz você sentir a rola dele em suas mãos, enquanto alterna beijos no seu pescoço, na boca. Passa a mão no seu corpo todo. Faz você gemer e se contorcer de tanto tesão. Para finalizar, ele te come e permite que você goze gritando. 

Quando você sai do cinemão, que a essa hora ficou ainda mais vazio e triste, faz muito frio lá na rua e você com seu bandage dress pretinho básico, chamando a atenção dos transeuntes agasalhados. Você caminha trôpega, amolecida, as pernas bambas, sentindo o gel lubrificante ainda a escorrer na calcinha. Você abraça seu corpo e se protege contra o vento frio. Só que, lá no fundo, o coração vai aquecido, apaixonado.        

4 comentários:

  1. Nosssa! Que conto delicioso! Parece real! Foi?

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    1. Não são contos, Nanda. São relatos reais. Que bom que vc gostou.

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  2. " O baixinho tirou meus seios para fora e começou a lambê-los. Chupou com vontade..."

    Seus seios são implante? Ou hormônio? Ou o quê?

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  3. São naturais. Sempre que são lambidos, beijados, me matam de tesão.

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É tudo verdade